domingo, 27 de janeiro de 2019

Eu e Ela

Um dia eu tentei beijá-la. Ela resistiu um pouco por vergonha, mas retribuiu.
Eu não tentei de novo. Ela achou que eu não quisesse mais.
Eu, dias depois, borrei o batom vermelho escuro dela com a minha boca. Ela disse que queria que eu tivesse feito aquilo antes.
Eu avisei do meu medo de relacionamentos. Ela disse que ia ficar tudo bem.
Eu aceitei continuar com aquilo, do jeito dela. Ela disse que ia tentar não repetir erros que cometeu com outras pessoas.
Eu acreditei. Ela me mostrou sensações novas no dia 13.
Eu seguia naquilo como quem anda vendada. Ela demonstrava confiança.
Eu demorei a deixá-la entrar. Ela teve a paciência que eu precisava e continuou batendo na porta.
Eu comecei a sentir confiança. Ela foi largando a minha mão aos poucos.
Eu perguntei o que aconteceu. Ela não sabia mais continuar me guiando.
Eu senti falta de empatia. Ela disse que eu tava certa. Que eu merecia mais que aquilo.
Eu continuei segurando nas mãos dela. Ela não segurou mais com firmeza.
Eu tinha medo, mas já sabia onde estava indo. Ela me disse não saber mais.
Eu tentando entender. Ela não ligando mais tanto pra isso.
Eu querendo espírito. Ela querendo carne.
Eu querendo olhar no fundo dos olhos. Ela querendo que eu a olhasse por fora.
Eu com problemas. Ela criando outros e me entregando.
Eu senti pesar. Ela, mais uma vez, avisou que eu merecia mais.
Eu perdida. Ela eu não sei mais.
Eu triste com a minha, talvez, autossabotagem. Ela eu não sei mais.
Eu tentando ainda entender o que aconteceu. Ela eu não sei mais.



Escrito por alguém que se inspirou na música "Eu Me Lembro" da Clarice Falcão e na vida.

domingo, 27 de janeiro de 2019

Eu e Ela

Um dia eu tentei beijá-la. Ela resistiu um pouco por vergonha, mas retribuiu.
Eu não tentei de novo. Ela achou que eu não quisesse mais.
Eu, dias depois, borrei o batom vermelho escuro dela com a minha boca. Ela disse que queria que eu tivesse feito aquilo antes.
Eu avisei do meu medo de relacionamentos. Ela disse que ia ficar tudo bem.
Eu aceitei continuar com aquilo, do jeito dela. Ela disse que ia tentar não repetir erros que cometeu com outras pessoas.
Eu acreditei. Ela me mostrou sensações novas no dia 13.
Eu seguia naquilo como quem anda vendada. Ela demonstrava confiança.
Eu demorei a deixá-la entrar. Ela teve a paciência que eu precisava e continuou batendo na porta.
Eu comecei a sentir confiança. Ela foi largando a minha mão aos poucos.
Eu perguntei o que aconteceu. Ela não sabia mais continuar me guiando.
Eu senti falta de empatia. Ela disse que eu tava certa. Que eu merecia mais que aquilo.
Eu continuei segurando nas mãos dela. Ela não segurou mais com firmeza.
Eu tinha medo, mas já sabia onde estava indo. Ela me disse não saber mais.
Eu tentando entender. Ela não ligando mais tanto pra isso.
Eu querendo espírito. Ela querendo carne.
Eu querendo olhar no fundo dos olhos. Ela querendo que eu a olhasse por fora.
Eu com problemas. Ela criando outros e me entregando.
Eu senti pesar. Ela, mais uma vez, avisou que eu merecia mais.
Eu perdida. Ela eu não sei mais.
Eu triste com a minha, talvez, autossabotagem. Ela eu não sei mais.
Eu tentando ainda entender o que aconteceu. Ela eu não sei mais.



Escrito por alguém que se inspirou na música "Eu Me Lembro" da Clarice Falcão e na vida.

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